sábado, 25 de abril de 2015

Liberdade?

Num dia em que acordo com gritos de um homem ("viva a liberdade!") relembro mais uma vez as grandes vítimas diárias realizadas pelas nossas próprias mãos: os animais. Animais que usamos consoante as suas características - ou pela carne, ou pelo pêlo, ou pelo nosso entretenimento... Um porco só serve para comer, enquanto um golfinho deve ficar fechado numa piscina a dar saltinhos; um cão deve ser amado e respeitado e, quanto aos gatos, tenham cuidado, porque na verdade eles não merecem confiança total. E só porque sim, porque nos ensinaram que assim é que deve ser e porque nos habituámos a viver desta maneira. No entanto, ao crescermos, ao conhecermos as injustiças das quais nós próprios somos vítimas e ao rebelar-nos com o que nos rodeia, deveriamos acordar para o facto de não sermos tão diferentes de quem nos faz mal. Nós também roubamos, torturamos e matamos. Não diretamente, mas fazêmo-lo. Por isso vale a pena pensar se o mal que nos cai em cima é assim tão injusto, especialmente quando choramos e perguntamos "porquê eu? que mal fiz eu ao mundo para merecer isto?". 
Se dizem não ao sexismo e ao racismo, digam também ao especismo. Caminharemos assim juntos para um mundo mais justo. Só seremos verdadeiramente livres quando soubermos apreciar a liberdade alheia.


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