quarta-feira, 23 de julho de 2014

Quem nos disse para comer carne?

A carne sabe muito bem. Sim, eu disse isto. Sabe mesmo mesmo mesmo bem! Aquilo de que sinto mais falta, depois de 3 anos sem tocar em carne, é da mortadela com azeitonas no meio do pão. E o McChicken que eu comi ao almoço durante o mês de Fevereiro inteiro, mesmo antes de me tornar vegetariana? Saudades... Eu estava habituada à carne. Mas, olhando para trás, só sinto remorsos. Como muitas coisas que sabem igualmente bem, que não me fazem mal e que não tinham olhos nem coração antes de ser cortados ao meio. O hábito é um dos piores inimigos. Ser vegetariano implica mudar interiormente; implica uma introspeção - coisa que quase ninguém faz. Quem quer desistir do ótimo sabor da carne e dos velhos hábitos alimentares?
Vamos então analisar a pergunta no título: quem nos disse para comer carne? A vizinha ali da frente? Um amigo de longa data? Ou não terão sido os nossos pais? Parece-me que encontrámos os verdadeiros culpados do crime. São os nossos pais os primeiros a abrir-nos a boca e enfiar o garfo com um pedaço de galinha espetada. No entanto, eles não dizem "abre a boquinha vá, esta galinha não ficou sem pescoço para agora estares armardo em esquisito" eles dizem "olha o aviãozinho!". Fui bem enganada na altura.... Dizer "eu como carne porque é costume na minha família ou no meu país" não é desculpa para não escolher ser uma pessoa melhor. Tradições não significam sempre coisas boas. A mutilação genital feminina também é tradição em certos países da África mas não é isso que torna o ato correto.
Vamos então ao último ponto: conveniência. A carne é o caminho mais fácil. É só ir ao supermercado e usufruir das cento e uma opções que há lá. Assim podem comer hamburguers, a maior parte das pizzas, ir jantar fora com amigos sem pensar duas vezes no restaurante e a na ementa... O caminho mais fácil também não é sempre o mais certo. 
E com isto identificámos as 4 razões pelo qual as pessoas comem carne: Gosto, Hábito, Tradição e Conveniência.
Só vos peço para refletirem sobre o assunto. Boas pessoas não rezam para que haja amor em ambundância, simplesmente o dão. E não se esqueçam, enquanto estão ocupados a pensar sobre isto, há animais a ser mutilados, espancados e castrados (sem anestesia).


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